Cantor, compositor, guitarrista e produtor, o maranhense Rommel veio ao mundo no carnaval de 1987, em 2 de fevereiro; era um dia de festa e dia de Iemanjá. Sua iniciação na música se deu muito cedo, em casa, feita por seus pais que vinham de uma tradição musical muito forte. Da infância à adolescência, a música e os instrumentos o acompanhavam em casa, na escola, no bairro… e aos 14 anos, Rommel já tocava nas noites de São Luís.

Quando tinha apenas 19 anos lançou seu primeiro álbum, “Transcendental”, em 2006. Este mesmo ano marcou sua mudança para o Canadá aonde sua raiz brasileira teve a coloração sonora ampliada. Rapidamente, o músico teve a oportunidade de trabalhar com outros músicos e artistas de diversas nacionalidades. Colaborou com o People-Project e a Souljazz Orchestra e se apresentou em importantes festivais, como o Festival de Jazz de Montréal e de Ottawa, o Blues Ottawa e o Toronto Global Groove.

A qualidade de suas composições, a capacidade de fazer boas parcerias e a excelência no palco chamaram muita atenção e renderam diversos prêmios. No ano de 2010, Rommel recebeu o título de “Grande Revelação” no Festival Nuits d’Afrique e recebeu o “Prêmio da Diversidade” do Conselho de Artes de Montréal. Já em 2013, o artista recebeu o prêmio “Revelação CBC/Radio Canada” na categoria Música do Mundo.

Nesse mesmo ano, o músico lança o álbum “Egológico Recycle” numa colaboração com músicos da Etiópia, Camarões, França e Brasil. Ainda em 2012, depois de uma turnê pelo Canadá, fez a abertura do show de Gilberto Gil no Festival de Jazz de Montreal e em seguida iniciou a gravação do seu terceiro álbum nos estúdios da CBC em Montréal. “Nada Direito” acabou sendo lançado em 2015 e contou também com a participação de músicos de várias origens com canções em inglês, francês e português.

Entre 2014 e 2018, Rommel fez estudos na University de Liverpool, na Inglaterra, como parte de um intercâmbio, também estudou na Berklee College of Music, em Valência, na Espanha e finalizou em 2017 o Bacharelado em Música na Carleton University, em Ottawa, Canadá. Durante esses anos, estudou com diversos mestres, entre eles, o guitarrista e produtor espanhol Israel Sandoval e o guitarrista canadense Roddy Elias.

“Considero-me um artista livre e tento não me encaixar em rótulos pré-determinados. Sou um artista do mundo e minha música revela e se nutre de minhas andanças por ele” – diz Rommel.

O surpreendente quarto álbum do músico, “Caminho de Vento” (2018) traz composições multifacetadas e poderosas que se servem de elementos singulares da Música Popular Brasileira e criam conexões com o Reggae, o Afrobeat, o Funk e o Jazz.

O disco “Caminho de Vento” impulsionou Rommel a realizar a impressionante faceta de ganhar, durante o festival MUZ da Vision Diversité em 2019, quatro prêmios “Coup de Coeur – MUZ”. Os prêmios foram concedidos por: La Fabrique Culturelle de Télé-Québec, Le Festival Mondokarnaval, Festival des traditions du Monde de Sherbrooke et Mondial Montréal.

Desde então, Rommel tem se dedicado mais intensamente à produção musical e lançado diversos singles. Um deles foi “Escutando as Estrelas” que teve Mestrinho como convidado especial e coprodução de José Américo Bastos ( Zé Américo).

“Rommel é supertalentoso, além de aplicado. Ele me parece inquieto, sempre buscando algo novo, e isso é natural em todo grande artista”, nos conta Zé Américo. “Sinto muito isso, principalmente na forma como ele usa seu violão nas composições, sempre buscando elementos rítmicos novos, ousados, além de melodias nada convencionais. Com tanto talento e dedicação, sem dúvida nenhuma, seu legado será construído com refinadas pérolas e pedras musicais preciosas” diz Zé Américo.

Em 2021, Rommel lançou o EP “Bússola das Andorinhas” em parceria com músicos brasileiros e canadenses. Lança também seu sexto álbum de estúdio intitulado “Karawara” que presta homenagem aos povos indígenas do mundo e sua história de luta por direitos humanos básicos e reconhecimento. “Karawara” também aborda os tópicos da ancestralidade, espiritualidade e questões ambientais e sociais, usando a música como um meio para disseminar uma mensagem de paz, esperança, humanismo e compaixão.